As primeiras percepções sobre sair da casa dos pais | Relato
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Como combinado, semanalmente traremos relatos de mulheres sobre os mais diversos assuntos e hoje quero contar o relato de duas amigas que saíram da casa de seus familiares em um período próximo a minha saída da casa dos meus pais.
Assim como muitas pessoas, a rede que nós três criamos foi e ainda é importante, mesmo estando em períodos e vivências diferentes em nossas vidas, os desafios de uma rotina nova frustrações e descobertas foram sendo compartilhados ao longo dos anos.
Hoje eu percebo, que elas foram essenciais quando estava me adaptando a esse novo processo na minha vida, as jantas, os cafés, as angústias e as risadas sempre foram um porto seguro, uma troca de desafios e vivências.
Dias atrás, quando pensei em escrever sobre esse assunto, falei com elas sobre esse assunto e conversamos sobre as nossas primeiras percepções, surpresas positivas, frustrações, saudades, expectativas e mudanças pessoais e coletivas.
O que mais aconteceu nesse período é que nós percebemos as mudanças que ocorreram em nosso comportamento e tomada de decisões após as mudanças, as responsabilidades e os desafios que vem com a nova fase da vida.
Confesso que nos primeiros meses, eu acredita que era responsável por tudo o que acontecia na casa, que era responsável única para limpar tudo, liderar as tarefas, achava que a alimentação era só eu que podia e conseguia fazer, fui ficando meio nervosa demais, carregando um peso e responsabilidade que não era só meu, que era compartilhado com uma pessoa.
Nos primeiros meses eu não dava muito espaço e ficava chateada por me sentir tão sobrecarregada, aos poucos fui compreendendo que eu não precisava agir daquela forma, que tinha me casado com uma pessoa que era capaz de realizar todas as atividades tanto quanto eu e que estávamos criando uma rotina que não era saudável para nós, criando hábitos ruins. Precisando me desconstruir e refletir sobre todas essas questões com um terapeuta.
Antes de dar continuidade é importante ressaltar que na casa dos meus pais as atividades diárias sempre foram compartilhadas entre todos, então eu não sabia de onde tinha tirado aquele comportamento que não era saudável para nenhum dos dois.
Talvez eu só quisesse estar no controle de tudo, talvez tentava para suprir um medo de que as coisas dessem errado, talvez eu tivesse medo que viesse visitas na minha casa e olhassem as coisas ‘sujas’ e pensassem que eu não “cuidava da minha casa”, talvez até mesmo influenciada pela sociedade.
São muitas hipóteses, que só me fazem refletir em como eu estava prestando a atenção imaginando o que os outros poderiam dizer e/ou imaginar, me colocando em um lugar que não precisava estar.
As expectativas são grandes, as frustrações são presentes e a saudade de voltar a rotina antiga são reais, por isso é importante ter certeza dos passos que quer seguir e ir, com a certeza que haverá mudanças e que você precisa estar aberta para tudo o que vier.
Você mora sozinha? Mora com algum companheir@? Mora com os filhos? Me conta como foi essa adaptação para você, quais foram os maiores desafios para você?
Fica bem!
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