Férias: Ter ou Não Ter?

Fiz um ano de empresa em maio, fui informada em maio para indicar um ou dois períodos para minhas férias anuais e assim eu fiz. Sugeri as férias dividas em duas etapas de 15 dias cada ou 10 e 20: setembro ou outubro de 2022 e fevereiro ou março de 2023. Do nada fui informada que era necessário tirar 30 dias em junho por regras da empresa. Isso aconteceu 10 dias antes de tudo começarem. Não aprovei e minha chefia entendeu essa reação no meu semblante, mas não tive opção. O que não tem solução, solucionado está e fui organizar o que era possível dentro deste prazo e sabendo que se não mudar meu próximo descanso será só daqui um ano. Trabalhando no final de semana com escala também (carteira assinada, autônoma).

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Fiz um ano de empresa em maio, fui informada em maio para indicar um ou dois períodos para minhas férias anuais e assim eu fiz. Sugeri as férias dividas em duas etapas de 15 dias cada ou 10 e 20: setembro ou outubro de 2022 e fevereiro ou março de 2023.

Do nada fui informada que era necessário tirar 30 dias em junho por regras da empresa. Isso aconteceu 10 dias antes de tudo começarem. Não aprovei e minha chefia entendeu essa reação no meu semblante, mas não tive opção. O que não tem solução, solucionado está e fui organizar o que era possível dentro deste prazo e sabendo que se não mudar meu próximo descanso será só daqui um ano. Trabalhando no final de semana com escala também (carteira assinada, autônoma).

Mesmo não sendo o ideal e tudo mais caro pelo avançado da hora pesquisei para fazer o passeio que eu estou interessada para o momento - Bonito – MS. Pensei em fazer o trajeto de carro, gosto muito desta opção e pesquisei pacotes de avião. Valores altos por ter sido feito sem planejamento. Nem tinha como planejar porque estava esperando a informação da empresa com 30 a 40 dias de antecedência como todos os funcionários desta célula foram informados. Algo que não aconteceu.

O que também complicava é que meu pai tinha se programado para um procedimento cirúrgico simples e que precisava ficar 30 dias sem esforço físico e sem pegar sol. Com os amigos nem tinha como organizar nada neste período e sem antecedência. Durante as pesquisas pensamos em mudar o roteiro, só minha mãe acompanhar, avião, carro. Se fosse de avião direto ao destino e se fosse de carro o que conhecer no caminho. Visitar minha prima em Cuiabá 700 km a mais ou não.

Definimos ir de carro e já tinha passado o período de maior cuidado do meu pai. Precisou fazer os passeios com proteção, mas fez. Eu só pensei o destino e os passeios na cidade. Não sabia o que fazer antes e depois. Meu pai decidiu passar o período de feriado de Corpus Christi nas águas termais de Marcelino Ramos – 3 dias. Ele disse que viajando após essa data seria um pouco mais acessível os gastos. Dentro do possível de tudo sendo organizado de última hora.

As sugestões que eu tinha para antes e depois do destino meu pai dizia que era fora do caminho ou fora da vontade dele e estava sem ideias. Começamos nosso passeio e ainda não tínhamos decidimos como ficaria até o final. Deixei acontecer.

Ficamos de quarta até sábado em Marcelino Ramos. O deslocamento já começou diferente, fizemos um percurso a mais porque nos enganamos numa entrada e acabamos em Passo Fundo. Chegamos à cidade quase no final do almoço, mas com quem reservamos a hospedagem eram hospitaleiros e tinham um restaurante por lá. Esperaram-nos até mais tarde. Algo difícil naquela região por ser interior.

No cardápio calórico: bife de gado e frango, batata frita, ovo, arroz, feijão e salada mista. À noite xis. Na parte da tarde descansamos um pouco e depois mãe e eu fomos para as piscinas interna com água termal, ficamos várias horas, conversamos com o pessoal que frequentava o local e descobrimos que para o banho após esse momento tinha duchas também com água termal no parque. Saímos prontas e renovadas para janta. Descansamos e no outro dia ficamos o dia inteiro na estrutura das piscinas interna e externa. Na sexta choveu e não saímos do sobradinho que alugamos. Uma economia perto do restante do passeio. No almoço repetimos o cardápio, à noite pizza e no outro dia carne assada no forno e a noite café, pão e misturas.

Sábado partimos rumo a Bonito. Sempre com gps e dormindo no caminho na cidade de Navirai. Almoçamos num restaurante simples com buffet, a noite mais um xis já com a diferença da nossa comida. Menos recheio, molho e mais seco.

Domingo saímos cedo e para hora do almoço já estávamos no destino. Era meu aniversário e meus pais disseram que poderia almoçar em um local escolhido por mim. Ao mesmo tempo que queria seguir minhas opções culinárias também queria sugestões da cidade e conhecer o diferente. Antes de chegar no restaurante escolhido fomos até a empresa de viagens que conversamos para dúvidas e compra de pacotes para os passeios e hospedagem.

Como meu pai gosta de carne, eu e minha mãe peixe tivemos como sugestão o Juanita. Especializado em frutos do mar e peixes da região e a la carte para quem é carnívoro. Fizemos o pedido, local agradável, música, atendimento muito bom e acessibilidade. No final pedi uma sobremesa porque adoro um doce e ganhei de presente do local junto com os parabéns.

Depois voltamos a agência para terminar de organizar os passeios porque só tínhamos decidido por dois, fomos até a pousada descansar e descarregar o carro. Quando acordamos do sono da beleza fomos conhecer a cidade de Bonito que é pequena. Tem uma beleza natural, mas o melhor é retirado do centro e os passeios de aventura também. A noite a mãe e eu fomos conhecer o aquário que ficava quase ao lado do local que estávamos para dormir e banho (somente isso). O pai ficou na hospedagem e depois fomos jantar num bistrô que tinha em frente a pousada.

Os passeios eram tabelados e podiam ser pagos em até 9h nesta agência. No outro dia acordamos e não precisou ser muito cedo porque o primeiro destino era 50 km do centro da cidade. Tomamos um café muito bom e reforçado. Deslocamos rumo a Lagoa Misteriosa. Chegando lá assinamos o termo de responsabilidade para primeira atividade de aventura e recebemos todas as instruções e vestimentas adequadas. Para chegar até a lagoa tem uma trilha de 1km e depois escadas. A caminhada não era problema, mas a escada um desafio e já na pesquisa feita em Caxias essa empresa de turismo sugeriu que eu descesse de tirolesa e foi o que aconteceu. Um instrutor maravilhoso, calmo que muitas vezes eu queria ajudar pela minha independência e ele dizia para relaxar e aproveitar que ele estava trabalhando e eu descansando. A descida foi tranquila e a beleza da natureza encantadora. A recepção na chegada para fazer o mergulho e meus pais a flutuação foi a melhor impossível. Cuidados até demais comigo e em função da minha deficiência. Terminaram de me equipar para mais essa etapa. Entrei na Lagoa e os peixes já me envolvendo. Fiz o treinamento para o mergulho apesar de já ter mergulhado em Fernando de Noronha. Minha instrutora também com um atendimento nota 10. Descemos 8 metros. Muito diferente mergulhar em água doce do que em água salgada, mas muito boa as duas experiências. Para subir voltei pela tirolesa e outra experiência. Fiquei um minuto presa para observar tudo a minha volta e vi uma cobra enorme. Ainda bem que não me assusto facilmente. Experiência válida. Cheguei no topo e tirei todos equipamentos. A equipe me levou de volta ao início do parque. Almoçamos por lá comida típica de fazenda, bem caseira e um doce de leite de sobremesa que não conseguia sair sem repetir. Voltei das férias com uns quilos para eliminar.

Como tinha muitos funcionários e instrutores circulando pelo restaurante e até almoçando resolvi perguntar por que Lagoa Misteriosa e um me respondeu que um mergulhador desceu 70 metros e não encontrou o fundo da lagoa. Água azul, cristalina, vários bichos circulando por ela, temperatura quase sempre igual em todas águas do Mato Grosso independente de ser verão ou inverno. A temperatura era quente para nós do azul, mas a da água achei amena de 18 a 20 graus. Terminamos esse passeio e voltamos para cidade, jantei um pastel de jacaré e dormimos cedo porque além do cansaço o outro dia despertaria cedo. Tinha que sair da pousada as 5h30.

Voltamos para a pousada, tomei um banho e após o descanso fui para praça comer um pastel de jacaré. Meu pai não queria ficar muito tempo em volta porque seria ele o motorista na manhã seguinte. A mãe também queria um pastel neste sabor, mas teve que comer outro porque era último da noite o meu. Dividimos os sabores e depois desta culinária exótica e aproveitar a temperatura agradável voltamos para o descanso. Conversamos com os funcionários da hospedagem para ver se o café ficava pronto mais cedo, mas não tivemos sucesso. Saímos no horário recomendado e tomamos café na estrada.

Chegamos na Fazenda São Francisco antes das 8h. Fizemos o check ing, assinamos o termo de responsabilidade e esperamos o início do passeio na expectativa de ver a onça. O turismo seria na boleia do caminhão e depois uma trilha a pé. Como subiria no caminhão? Para essa primeira etapa eles foram geniais, fizeram uma rampa que chegava até o topo do caminhão. Sentava no banco e colocava as pernas para dentro. Os instrutores deram todos os recados e cuidados e iniciamos o lindíssimo passeio. Avistamos muitas espécies da fauna, flora, cobra, jaguatirica, pássaros, cagados, veados, emas, criação de gado, etc e a espera da onça. Ela tinha passado na fazenda na noite anterior e quem ficou hospedado e fez o passeio noturno conseguiu ver o animal. Ficamos só na vontade, mas com um cenário paradisíaco. Fizemos a trilha a pé e voltamos para o almoço. Como sempre em todo o passeio culinária de altíssima qualidade com a simplicidade do interior. Sobremesas maravilhosas.

A tarde fomos para mais uma aventura. Passeio de chalana, pesca de piranha e apreciar jacarés e gaviões. Outra belíssima atividade. Fui para experiência da pesca. Muito desastrada, mas consegui uma piranha. Como a instrução era que quando os jacarés se aproximassem da isca fosse tirado o anzol da água ficada toda hora fugindo. Quando fiz a pesca fiquei muito estabanada e fiz um vídeo cassetada. Puxei para cima, mas não sabia o que fazer com o bicho e com o tamanho da vara de pesca. Até trazer para dentro da chalana e para os funcionários acho que bati em várias pessoas. Rimos bastante.

Para ir até a chalana foi um pouco mais difícil. Fomos até o local na boleia de outro caminho e não tinha a rampa. Subi na força dos braços e sentada nos minis degraus.

Para terminar o dia e voltar antes de escurecer, uma exigência do meu pai, recebemos um café com caldo de piranha, bolos, pipocas, sucos, etc. Voltamos para pousadas felizes e cansados. Descansamos para o próximo dia e sem necessidade de janta.

No último dia em Bonito passeios no Balneário Municipal e nas 7 cachoeiras para voltar ao RS. Saímos próximo das 7h da hospedagem porque a distância do Parque das 7 cachoeiras era de 50 km e a trilha começava as 8h. Chegamos tranquilamente, tiramos todas as dúvidas, lemos, assinamos o termo de responsabilidade. Conhecemos o guia e o grupo que estaria junto. O grupo era da Bahia, Espanha, RJ e nós. Tamanho menor em toda turma pelos cuidados ainda com a pandemia. A trilha tinha uma distância de 2 km com áreas planas e escadas de madeiras. Nesta parte dos degraus não era muito tranquilo, mas o formato das escadas e na trilha facilitava em relação a outros locais que frequentei de passeio. Em cada cachoeira que chegávamos tinha a pausa para banho e fotos. Apesar de estar em Bonito água fria não é meu forte e pedi para o guia qual a água mais quente das 7. Ele sinalizou que seria a terceira e foi nessa que desci para banho. Meus pais não foram. Só ficaram apreciando e tirando fotos Nadei, fui até a cachoeira e passei para parte onde seria uma mini caverna. Alguns companheiros foram em todas as paradas para o banho. Lugar muito bonito, tranquilo, o guia contou toda história, a parte biológica do local e terminamos quase 11 horas com corrida para o banheiro.

Depois pensamos se o almoço seria neste local ou no balneário. Decidimos pelo deslocamento até o balneário que era próximo. Enquanto não chegava o horário para passeio no barco elétrico almoçamos no restaurante do parque sempre com direito a circulação de vários animais e comida muito gostosa. Caminhamos um pouco e fomos para os preparos. Somente colete salva vidas, algo mais simples do que nos demais passeios. Entramos no meio de transporte e fizemos o passeio conhecendo pela parte aquática o parque e a natureza. Também a história indígena que frequentava aquela região porque o motorista do barco era de origem. Tiramos várias fotos e descobri que esse foi o único momento que agência de viagem me subestimou. Neste parque tinham como fazer o boia cross e rafting de contemplação, mas precisava ter reservado com antecedência pela procura e pelos cuidados que ainda tinha em relação a pandemia. Conversando com o motorista descobri que poderia fazer tranquilamente. Eu mesma já achava isso, mas como não conhecia o grau de dificuldade não quis contrariar o guia porque ele foi muito atencioso comigo, sempre pensando em todos os detalhes. Terminamos o passeio e fomos conhecer mais o local. O cansaço já estava tomando conta. Isso que quando comecei a pesquisar sobre a viagem falaram que seria possível fazer 45 passeios e eu achei pouco o que tinha contratado. Meus pais mais sensatos falaram que não era para comprar muito antecipado. Deixar para decidir na hora e se o pique ainda existisse faríamos mais porque ainda existia tempo até o final das férias.

Voltando para pousada e vendo que o cansaço estava tomando conta aceitei iniciar a viagem de volta a Caxias no dia seguinte. Antes resolvi comer um sorvete ao forno que tinham me indicado na cidade, mas acho que fui enganada ou eu não entendi direito porque quando cheguei ao local para comprar e consumir me vendeu um café com chantilly e sorvete. Muita gordice como eu gosto, mas não o que estava procurando.

Antes de voltar para o RS passamos em Céu Azul onde meu tio tem uma empresa de biscoitos, dormimos numa pousada indicada por ele (sem acessibilidade nenhuma e o atendimento mais ou menos). Isso que ele falou que era a melhor da cidade. Imagina as demais. Cidade pequena e a única recompensa foi com a economia na comida, hospedagem e conhecer realmente a empresa voltando para casa com 10kg de biscoitos (variados). Para terminar fomos no parque de Foz do Iguaçu para rever as Cataratas, tomar um banho na passarela. A viagem na estrada foi tranquila e para terminar meus pais estavam decidindo se ficariam mais dois dias nas águas termais de Iraí ou .... Meu pai não queria mais nada e voltamos direto por Caxias, mas antes de finalizar passamos por mais uma situação engraçada. Sempre usando o gps e em uma parte da rótula ele indicou para virar levemente para direita, mas meu pai entendeu que era para ir a direita e pegamos uma estrada de chão. O problema não foi essa falha porque seria só um 1km nesta condição, o engraçado foi que pela estrada tinha um senhor alimentando uns 40 bois e foi necessário esperar todos saírem da frente para seguir a viagem. Essa situação engraçada atrasou nosso tempo em uma hora. Chegamos em Caxias muito bem e com vontade de voltar para esse passeio.




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